quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

balanço geral

2010.

1 milhão de sorrisos
7 choros
umas 80 bebedeiras -3 delas por causa dos choros-
80 ressacas
30 novas amizades
2 ou 3 decepções
21 peças de roupa
6 livros
5 amigdalites
2 tatuagens
1 piercing
19 anos
incontáveis beijos
incontáveis loucuras
sexo? bem mais contável.
55 novos números na agenda do celular
0 namorados
uns 60 desaforos lançados no twitter
196 followers
9 professores
muito jornalismo
mais de 1000 fotos
1 carteira de motorista
17 pizzas
0kg a mais (e 0 a menos)
3 couchsurfers na minha casa
2 idas ao Rio
1 a Búzios
1 a São Paulo (pra nunca mais voltar)
38378764 litros de saudade
2 cicatrizes (uma na gengiva e outra no coração)
cada vez menos conceitos e rótulos
4 indecisões
0 arrependimentos
várias tentativas de desapego -nenhuma bem sucedida-

e pelo menos 359 dias de pura alegria.
Que venha 2011!

sábado, 25 de dezembro de 2010

o falecido

"sim, ele ainda existe"
Dói pensar isso. Dói imaginar que mesmo depois de 2 anos, ele ainda não morreu. Foi afogado, apagado, enterrado, excluído, dominado, esquecido, mas ainda sobrevive.
Sua marca foi tão forte que ainda aparece nos meus sonhos, me persegue, me entristece, me envolve. A imagem já um pouco desaparecida, revive no meu sono mais profundo, talvez onde estejam meus desejos mais intensos e secretos.
O que não foi resolvido me assombra. Me faz curiosa. Como seria? Talvez nunca saberei. Talvez saberei em pouco tempo. Talvez tudo aparecerá novamente de uma maneira repentina.
Mas prefiro me esconder. Me reservar o direito de me manter distante. E essa distância real me conforta. Porém, também questiono-me. Se mesmo de tão longe, tem esse efeito em mim, o que será quando nos encontrarmos?
Não. Não quero encontrar. Sinto que nunca estarei preparada. Seu rosto desaparece em mim.
Alguns sinais me apontam respostas, porém a incerteza ainda prevalece.
Enquanto isso, sigo. Não sei se bem ou mal, feliz ou triste, cicatrizada ou ferida. O importante é seguir.

A dúvida mais cruel de todas é: será que EU ainda existo? responda você.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

eterna procura

"O texto gera fatalmente um outro texto interiorizado nele mesmo. Podíamos dizer que dentro do livro há um outro livro em expectativa, cabendo ao autor uni-los afinal em um só volume, e merecendo tantas leituras quanto aquelas destinadas a vários livros de diferentes autores."
-Nélida Piñon

Seguindo o pensamento de Nélida, podemos dizer que:
Uma pessoa gera fatalmente outras dentro de si mesma. Podíamos dizer que dentro de alguém há um outro alguém em expectativa, cabendo ao próprio ser uni-los em um só alguém, pois este merece tanta importância quanto o ser em sua obviedade.

A missão pra 2011 de todo mundo deveria ser encontrar esse(s) outro(s) alguém(ns) em expectativa dentro de si.
Talvez assim paremos de procurar o outro alguém do lado de fora.