segunda-feira, 18 de julho de 2011

presa em mim



Me perco nas minhas cobranças e nos meus próprios pensamentos. Enjoo de mim, fico de saco cheio dessa pessoa desequilibrada. Raiva, impaciência.
Caio no abismo da insegurança e as ultimas forças ainda continuam tentando me tirar de lá.
Parece impossível.
Não aguento mais essa pessoa difícil, complexa, desestruturada. Me irrito comigo mesma, me destruo.
"Volta, volta!", minha razão grita, desesperadamente. "Volta pra cá!". Os gritos são abafados pelo sentimento. Sentimento que adoece.
Estou doente de mim mesma. Essa dose excessiva do meu eu me apodrece.
Sai de mim, eu nao quero essa pessoa aqui. Não me quero. Preciso me libertar de mim.
E nessas horas, me vejo corroída, pois quando não me quero mais, passo a querer o outro como forma de alimento. Me alimento do outro para aguentar o sofrimento de ser eu mesma.

Que coisa triste.

terça-feira, 5 de julho de 2011

morrer de amor

Eu tenho certeza que minha morte vai ser de amor.
Não vou aguentar ter um sentimento tão forte dentro de mim, que não tem por onde sair!

Domina meu corpo, minha mente, meu coração. Quase como uma doença que toma conta do seu organismo! Ela se espalha de tal forma que se torna impossível escapar do trágico fim.
É completamente incontrolável, mais forte do que todas as minhas forças.
O amor é minha doença. Amar se torna algo tão complexo e extremamente viciante, que invade tudo, derrubando qualquer possibilidade de equilíbrio interno que eu havia construído. Me escraviza.
Ele me sufoca, magnetiza e não resta nada a não ser me render.
As tentativas de resistência são quase inúteis, pois as células do amor crescem desenfreadamente no meu corpo, me maltratando. Taquicardia, agonia, desespero.
Busco controle, razão. Daí ele chega, todo imponente e cheio de si, pois sabe que me vencerá. E essa batalha é frustrante.
Por favor,amor, tenha piedade. Não me deixe em pedaços de novo. Preciso de mim. Preciso de mim. Preciso de mim.

Mas eu preciso de você também.

Droga.