quinta-feira, 5 de maio de 2011

48 horas a menos

48 horas e alguns sonhos. Ela sentiu o que não sabia e pensou o que não devia. E agora espera mais do que podia. Esperanças e sentimentos que a embalam ao som de uma musica calma, porem intensa. Uma musica feita pra ela, com os acordes do coração.
Ela é instável. Gosta do difícil e inatingível. A dor que isso traz ela simplesmente mastiga com um bombom doce. Dor que assusta, dor que alimenta.
Seu alimento é a própria dor do amor. Os dentes trituram os momentos, a saliva amolece a lembrança. O que sobra não desce para o estômago. Fica sempre entalado na garganta, junto com tudo que ela gostaria de dizer e não diz por medo de não ser correspondida.
Medo que fere, que agoniza, que empurra para o abismo da incerteza.
Ela acredita, mas não se convence. Não se convence porque a dúvida é a mãe de todas suas questões mais profundas. Se questiona, se destrói.
O tempo mais uma vez bate na porta e pede pra entrar. Ela não quer mais esperar, precisa disso agora. "você já ficou aqui muito tempo, tempo." Agora é a hora, ela diz pra si mesma. Na verdade não é. O desejo dela é tanto que se atrapalha em seus pensamentos e confunde tudo.

Para pra pensar, menina. Ainda não é a hora. Abre os olhos, arranca isso do coração e segue em frente esperando.

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